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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Tubarão




Tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e um corpo hidrodinâmico (com exceção dosSquatiniformesHexanchiformes e Orectolobiformes) pertencente à superordem Selachimorpha. Os primeiros tubarões conhecidos viveram há aproximadamente 400 milhões de anos.[1]
Os tubarões se diversificaram em aproximadamente 375 espécies (no Brasil são conhecidas 88)[2] , variando em tamanho desde o menor, o tubarão-lanterna anãoEtmopterus perryi, uma espécie de no máximo 21 centímetros de comprimento[3] , ao tubarão-baleia,Rhincodon typus, o maior, que atinge cerca de 12 metros e que se alimenta por filtragem apenas de plânctonlulas e pequenospeixes.[4] Os tubarões são encontrados em todos os mares [5] e são comuns em profundidades até 2000 metros.
Geralmente não vivem em água doce, com algumas exceções, como o tubarão-cabeça-chata e o tubarão de água doce que podem viver tanto em água salgada ou água doce.[6] Respiram através de cinco ou sete fendas branquiais[7] e possuem uma cobertura de escamas placoides, que protegem sua pele dos danos e dos parasitas, e melhoram a sua hidrodinâmica, permitindo que o tubarão se mova mais rápido. Eles também possuem vários conjuntos de dentes substituíveis.[8]
As espécies mais conhecidas, são os tubarão-branco, o tubarão-tigre, o tubarão-azul, o tubarão-mako e o tubarão-martelo sãosuperpredadores, no topo da cadeia alimentar subaquática. No entanto, sua sobrevivência está sob séria ameaça por causa da pescae outras atividades humanas.
Até o século XVI[9] tubarões eram conhecidos por marinheiros como "cães marinhos".[10] A palavra portuguesa "tubarão" e o termo espanhol "tiburón" são bastante similares e em ambas as línguas a etimologia é incerta. Durante o século XVI, em decorrência das navegações dos espanhóis e portugueses por águas tropicais, muitos relatos sobre a diversidade e quantidade desses peixes popularizaram os dois termos na Península Ibérica e posteriormente, o termo tiburón também foi usado, sem tradução, em livros emfrancêsalemão e inglês. Não se sabe ao certo se foram os espanhóis que tomaram uma palavra caraíba e cunharam o termo tiburón ou se foram os portugueses que criaramtubarão a partir de uma palavra do aruaque.[11] Outras fontes apontam a origem tupi-guarani[12] através do termo uperú (ou iperú) com a aglutinação de t- inicial, originando o português "tubarão" e posteriormente o espanhol "tiburón".[13]
Embora inicialmente os termos ibéricos tenham sido usados em toda a Europa, as outras línguas europeias adotam atualmente nomes diferentes. A origem do nome inglês"shark" também é incerta. Uma teoria é que ela deriva da palavra xoc da língua Iucateque[11] , cuja pronuncia 'shok' chega bem próximo da palavra "shark". Evidência para esta etimologia vem do Oxford English Dictionary, que registra que o nome shark foi usado pela primeira vez após o marinheiro Sir John Hawkins exibir um espécime em Londres, em 1569 e usou a palavra "sharke" para se referir aos grandes tubarões do Mar do Caribe.[11]
Uma outra etimologia diz que o sentido original da palavra era a de "predador, aquele que ataca os outros" a partir da palavra Schorck do alemão, uma variante de Schurke"vilão, canalha", que mais tarde foi aplicado para os peixes devido ao seu comportamento predatório.[14]
Segundo o Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, na variante brasileira, tubarão é a designação geral dos grandes seláquios, peixes de corpo alongado e de nadadeiras peitorais moderadamente desenvolvidas; que tem como sinônimo cação e esqualo e como plural tubarões. Na definição popular tubarão pode significar também comerciante ganancioso.[15] Segundo o dicionário online Priberam, tubarão também pode significar pessoa que come muito ou indivíduo que obteve muitos cargos rendosos.[16]



Dentes de tubarão são incorporados nas gengivas e não diretamente no maxilar, e são constantemente substituídos ao longo da vida. Diversas linhas de dentes substitutos crescem em um sulco na parte interna da mandíbula e progressivamente avançam como em uma "escada rolante"; os tubarões perdem em média 6.000 dentes por ano[17] e chegam a perder 30.000 durante toda sua vida.[18] A taxa de substituição de dentes varia de uma vez a cada oito ou dez dias a vários meses. Na maioria das espécies os dentes são substituídos um por vez, exceto no peixe-charuto, Isistius, onde toda a linha de dentes é substituída simultaneamente.[19]
A forma do dente depende da dieta: os tubarões que se alimentam de moluscos e crustáceos têm densos dentes achatados para esmagarem, aqueles que se alimentam de peixes tem dentes afiados para prenderem e aqueles que se alimentam de presas maiores, como os mamíferos, têm os dentes inferiores pontiagudos para prender e os dentes superiores triangulares e com bordas serrilhadas para cortar. Os dentes dos que se alimentam de plâncton, como o tubarão-elefante são menores e não funcionais.[20]
Esqueleto de um Dalatias licha, noMuseu Nacional de História Natural,Estados Unidos.

Esqueleto

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