Vale e região têm mais de 10 mil trabalhadores no plano pró-emprego
Sete empresas aderiram ao programa que reduz jornada e salário.
Cinco delas são em Taubaté e todas são ligadas ao setor automotivo.
do g1 vale do paraíba
O número de trabalhadores beneficiados pelo Programa de Proteção ao Emprego ultrapassa 10 mil no Vale do Paraíba e região de Bragança Paulista. Desde que foi lançado pelo governo federal, em julho do ano passado, sete empresas da região foram incluídas no plano, sendo todas do setor automotivo.
O balanço é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As empresas que aderiram ao pacote são montadoras e fornecedores do setor. Cinco delas são de Taubaté, cidade onde passaram a contar com o benefício 6.153 mil trabalhadores.
O programa, que permite a redução na jornada de trabalho e de salários dos empregados em troca de estabilidade do emprego, foi criado para evitar demissões durante a crise econômica.
Apesar de avaliar a medida como positiva, o gerente regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Taubaté, José Arimatéia, afirma que é preciso preparar o mercado caso a crise se estenda.
"As empresas da região estão passando por um tempo difícil, de rever posicionamento, de cortes. O programa veio em boa hora para o empregado, que tem a estabilidade de emprego, e também para o empregador, já que garante um fôlego a mais para a empresa. Mas é preciso se preparar a longo prazo, porque o mercado automotivo continua congelado”, afirmou.
"As empresas da região estão passando por um tempo difícil, de rever posicionamento, de cortes. O programa veio em boa hora para o empregado, que tem a estabilidade de emprego, e também para o empregador, já que garante um fôlego a mais para a empresa. Mas é preciso se preparar a longo prazo, porque o mercado automotivo continua congelado”, afirmou.
Empresa | Beneficiados | Cidade |
---|---|---|
Volkswagen | 3.745 | Taubaté |
Ford | 1.390 | Taubaté |
Maxion | 3.544 | Cruzeiro |
Gestamp | 806 | Taubaté |
Grammer | 451 | Atibaia |
S.M. Modulares | 163 | Taubaté |
SAS Automotive | 49 | Taubaté |
Adesões
Entre as empresas que aderiram ao PPE na região estão grandes polos da economia local, como as montadoras Volkswagen eFord de Taubaté, que mantém, somado, 5,1 mil no programa. Juntas, elas empregam cerca de 6 mil funcionários.
Entre as empresas que aderiram ao PPE na região estão grandes polos da economia local, como as montadoras Volkswagen eFord de Taubaté, que mantém, somado, 5,1 mil no programa. Juntas, elas empregam cerca de 6 mil funcionários.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, a cidade tem cerca de 15,6 mil empregados em indústrias do ramo metalúrgico - em que as montadores e parte do fornecedores do setor se enquadram.
Além das montadoras de Taubaté, também aderiram ao PPE a a Grammer, de Atibaia e a Maxion, de Cruzeiro. Juntas, elas mantém cerca de 4 mil trabalhadores no programa pró-emprego.
Arimatéia alerta que além de assegurar os empregos, o governo preciso resolver a causa do problema. “Precisamos de uma ação maior que só ter atenção aos possíveis reflexos da crise, como o desemprego, é preciso entender os sintomas que levam a indústria a esse cenário congelado”, explicou.
Programa
A primeira empresa do país a entrar no programa foi a Grammer de Atibaia. A unidade havia demitido 180 trabalhadores e entrou no grupo na tentativa de evitar novos cortes durante a crise setor automotivo, do qual é fornecedora de bancos para as montadoras.
A primeira empresa do país a entrar no programa foi a Grammer de Atibaia. A unidade havia demitido 180 trabalhadores e entrou no grupo na tentativa de evitar novos cortes durante a crise setor automotivo, do qual é fornecedora de bancos para as montadoras.
A empresa havia aderido ao PPE com duração de seis meses, que terminou no fim de fevereiro e entrou com pedido de renovação do pacote. A Volkswagen de Taubaté também entrou com pedido de renovação do PPE depois dos seis meses de programa. As empresas ainda dependem da aprovação do MTE.
Caged
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Taubaté fechou mais de 3,8 mil postos de trabalho na indústria em 2015.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Taubaté fechou mais de 3,8 mil postos de trabalho na indústria em 2015.
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