Motorista que teve carro danificado diz que atropelou taxistas para não morrer
Enfermeiro falou ao SPTV que confundiram seu Corsa preto com Uber.
Ele registrou BO em delegacia de SP, que tentará identificar agressores.
do G1 São Paulo
O motorista do carro preto que teve seu veículo danificado por taxistas que protestavam na noite de terça-feira (10) bloqueando uma via no Centro de São Paulo afirmou que atropelou o grupo porque achou que iria morrer.
Em entrevista exclusiva ao SPTV, ele afirmou nesta quarta-feira (11) que seu veículo foi confundido com automóveis do aplicativo Uber.
“Eu estava indo trabalhar e quando eu estava no final do túnel colocaram um galho e eu abri a porta para ver por cima do que eu tinha passado. Ai na hora que eu passei por cima do galho, eles começaram a bater no meu vidor falando: 'você está louco?! Você é Uber?!", disse o enfermeiro Jorge Carlos Ferreira Santos, que estava indo trabalhar no Hospital São Paulo.
“Eu estava indo trabalhar e quando eu estava no final do túnel colocaram um galho e eu abri a porta para ver por cima do que eu tinha passado. Ai na hora que eu passei por cima do galho, eles começaram a bater no meu vidor falando: 'você está louco?! Você é Uber?!", disse o enfermeiro Jorge Carlos Ferreira Santos, que estava indo trabalhar no Hospital São Paulo.
“Eu só queria pegar o avental para falar que eu não era Uber. Eu trabalho no hospital. Eu cuido de gente", completou Santos.
Os taxistas protestavam contra decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que autoriza serviços de transporte individual por aplicativos, como o Uber, na cidade.
Os taxistas protestavam contra decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que autoriza serviços de transporte individual por aplicativos, como o Uber, na cidade.
O veículo do enfermeiro, um Corsa preto, seguia na região da Avenida 23 de Maio, no sentido Aeroporto de Congonhas, quando avançou na direção dos taxistas. O carro foi cercado pelos manifestantes, que chutaram e deram socos. O porta-malas foi amassado e o vidro traseiro, quebrado. Policiais que estavam próximo tentaram identificar os autores. A cena foi transmitida ao vivo pelo GloboNews.
O enfermeiro alegou que acelerou e acabou atropelando os taxistas para escapar deles. "Medo de morrer. Medo de morrer e deixa meus filhos. Medo da morte mesmo”, disse Santos. “E agora o que que eu faço? Se eu tiver de ser preso eu vou. Mas eu tive de empurrar as pessoas porque eles queriam me matar. Então são pessoas que talvez estejam cegas de ódio, de raiva".
"Eu não tenho raiva, eu não tenho rancor. Eu tenho pena", disse o enfermeiro, que registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial (DP), na Sé, por dano material, injúria e ameaça. Um inquérito policial será instaurado para saber quem participou da agressão. O caso deverá ser encaminhado ao 3º DP, Santa Ifigênia, onde será investigado.
Até esta manhã não havia registro de pessoas que se machucaram por conta do atropelamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário