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terça-feira, 17 de maio de 2016

Promotor pede prisão de capitão de naufrágio que matou 800 refugiados

Acidente ocorrido em abril de 2015 é o pior já registrado no Mediterrâneo.
Barco pesqueiro se chocou voluntariamente contra navio de socorro.

Da France Presse

Foto de abril de 2015 mostra dois homens, identificados como Mohammed Ali Malek (esq.) e Mahmud Bikhit (dir.), acusados de serem capitão e contramestre de barco pesqueiro que afundou, causando a morte de 800 migrantes na costa da Líbia  (Foto: Alberto Pizzoli / AFP)Foto de abril de 2015 mostra dois homens, identificados como Mohammed Ali Malek (esq.) e Mahmud Bikhit (dir.), acusados de serem capitão e contramestre de barco pesqueiro que afundou, causando a morte de 800 migrantes na costa da Líbia (Foto: Alberto Pizzoli / AFP)
Um promotor italiano pediu nesta terça-feira (17) 18 anos de prisão contra o suposto capitão de um barco pesqueiro cujo naufrágio em abril de 2015 provocou a morte de 800 migrantes, o pior desastre desse porte registrado no Mediterrâneo.
A defesa apresentará seus argumentos entre junho e julho, no tribunal de Catânia (Sicília, sul).
O barco pesqueiro naufragou na costa da Líbia na noite de 18 a 19 de abril de 2015, após se chocar voluntariamente até três vezes contra o navio cargueiro que tentava socorrê-los.
O tunisiano Mohammed Ali Malek e o sírio Mahmud Bikhit foram dois dos 28 sobreviventes. A bordo exerceram as funções de capitão e contramestre, pelo que têm sido acusados oficialmente de homicídio involuntário, naufrágio e ajuda à imigração clandestina.
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Barco que naufragou tinha até 700 passageiros (Foto: REUTERS/Guardia Costiera)Barco que naufragou tinha mais de 800 passageiros (Foto: REUTERS/Guardia Costiera)
Para o segundo a bordo, a promotoria solicitou seis anos de prisão.
A Marinha italiana continua buscando as vítimas do naufrágio. Até o momento, foram  resgatados 171 cadáveres dos restos do barco, situado a 370 metros de profundidade, a 150 km ao norte da costa libanesa.

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