Promotor pede prisão de capitão de naufrágio que matou 800 refugiados
Acidente ocorrido em abril de 2015 é o pior já registrado no Mediterrâneo.
Barco pesqueiro se chocou voluntariamente contra navio de socorro.
Um promotor italiano pediu nesta terça-feira (17) 18 anos de prisão contra o suposto capitão de um barco pesqueiro cujo naufrágio em abril de 2015 provocou a morte de 800 migrantes, o pior desastre desse porte registrado no Mediterrâneo.
A defesa apresentará seus argumentos entre junho e julho, no tribunal de Catânia (Sicília, sul).
O barco pesqueiro naufragou na costa da Líbia na noite de 18 a 19 de abril de 2015, após se chocar voluntariamente até três vezes contra o navio cargueiro que tentava socorrê-los.
O tunisiano Mohammed Ali Malek e o sírio Mahmud Bikhit foram dois dos 28 sobreviventes. A bordo exerceram as funções de capitão e contramestre, pelo que têm sido acusados oficialmente de homicídio involuntário, naufrágio e ajuda à imigração clandestina.
Para o segundo a bordo, a promotoria solicitou seis anos de prisão.
A Marinha italiana continua buscando as vítimas do naufrágio. Até o momento, foram resgatados 171 cadáveres dos restos do barco, situado a 370 metros de profundidade, a 150 km ao norte da costa libanesa.
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