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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Ex-seminarista Gil Rugai chega à Penitenciária 2 de Tremembé, SP

Gil Rugai responde pelas mortes de seu pai e sua madrasta em 2004.
Ex-seminarista foi condenado a 33 anos e nove meses de prisão.



Gil Rugai chegou em Tremembé em viatura da Polícia Civil (Foto: Camilla Motta/G1)Gil Rugai chegou em Tremembé em viatura da Polícia Civil (Foto: Camilla Motta/G1)
Cinco meses após ser libertado, o ex-seminarista Gil Greco Rugai, condenado pelas mortes do pai e da madrasta em 2004, voltou às 15h40 desta terça-feira (23) à penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP). Ele foi preso em São Paulo na noite de segunda-feira (22), após ter a sua prisão decretada pela Justiça. O ex-seminarista chegou ao presídio em uma viatura da Polícia Civil.
O presídio onde ele vai permanecer preso é conhecido por abrigar presos de casos de grande repercussão, como os irmãos Cravinhos, condenados pela morte dos pais de Suzane Richthofen; Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella, e Lindenberg Alves, que matou a namorada Eloá Pimentel.
Gil Rugai havia sido preso em 2013 após ser condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelas mortes de Luiz Carlos Rugai e Alessandra Troitino, assassinados a tiros dentro da residência do casal em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.Em novembro de 2014, elei foi encaminhado para a P2 de Tremembé, onde cumpriria o restante da pena. No entanto, em setembro de 2015, Gil Rugai teve liberdade concedida por ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão afirmava que Rugai poderia recorrer da sentença livre, como previa a condenação em primeira instância.
Na noite desta segunda-feira, nova ordem de prisão. Desta vez, por decisão da 5ª Vara do Júri da Capital, seguindo recomendação do Supremo Tribunal Federal (STF). A conclusão do STF é que um réu condenado em segunda instância na Justiça pode começar a cumprir pena de prisão, ainda que esteja recorrendo a tribunais superiores.
Versões 
O ex-seminarista sempre alegou inocência, mas para a acusação ele cometeu o crime porque o casal tinha descoberto que ele supostamente fazia desvios financeiros da empresa do pai.
Os desembargadores negaram, por unanimidade, em novembro de 2014, um pedido da defesa de Rugai para anular o julgamento ocorrido em fevereiro de 2013. Os advogados do condenado queriam a anulação alegando que houve erros durante o processo.
Os defensores disseram que contas telefônicas comprovariam que Rugai estava em outro lugar no momento dos assassinatos. Os advogados também alegam que a perícia errou na elaboração do laudo do arrombamento da porta, que teria sido danificada por um pé compatível com o de Gil. Uma “testemunha surpresa” também ouvida durante o julgamento de Gil seria um argumento para pedir a anulação do júri, de acordo com a defesa.
Durante o júri, Gil foi considerado culpado pelas mortes. Acabou condenado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe.

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